Feijão, Rock Progressivo e Rouba-montes

17 de janeiro de 2025

De 30 de Dezembro 2024 a 05 de Janeiro de 2025

Foto da foto: eu de óculos, Matheus, vovó Wanda, Rogerinho, raspando uma panela de brigadeiro durante uma madrugada de jogatina. Tradição!!

“O melhor feijão do mundo”

Essa semana teve “o melhor feijão do mundo” e teve muito feijão.

A Victoria fez feijão no final de semana, a mãe do João fez feijão durante a semana, a tia Cris fez feijão no outro final de semana.

Eu tenho trauma de arroz-feijão: lembro que “passei mal” na escola quando criança e combinei comigo de nunca mais ter aquela visão de novo — nem passar mal, nem comer aquilo.

Aprendemos uma coisa importante: um feijão bom é um feijão novo! Não só um feijão recém-preparado: um feijão recém-colhido. Importante olhar a data de colheita.

Rock Progressivo

Demorei para admitir, pois adolescente não gosta de gostar das mesmas coisas que os pais, mas minha música preferida é, desde sempre, Sultans Of Swing do Dire Straits, do álbum ao vivo em Londres em 1983. Me lembro de acordar cedo no final de semana na casa onde morávamos em Sousas, pegar esse CD da coleção do meu pai, colocar no discman que ganhei do tio Marcelo no dia que tive apendicite aos 8 anos, e ficar escutando no fone de ouvido deitada no sofá da sala, viajando na capa do álbum com ares de Salvador Dalí.

Eu me lembro do meu primo Thiago no palco, tão virtuoso que foi até estudar em Berklee, tocando guitarra quando tínhamos uns 15 anos na mega festa de aniversário de 40 anos da tia Fer. Pra mim aquilo na época foi quase como ouvir o próprio Mark Knopfler na minha frente. Bom, segue sendo o máximo a música. Nem pretendo decorar a letra, o som é o máximo!!!! Estou escutando agora enquanto escrevo. Apoteóticaaa!!

O pai do João passou a virada do ano escutando música.

Falamos da década de 60, da minissaia, de Yves Saint Laurent, do Maio de 68, da Rive Gauche, do Christian Dior, da independência da Argélia, do marido do YSL (coisas que li no Beautiful People), do Brasil na ditadura, da Tropicália, dos Beatles. Como os movimentos se conectam.

Ele perguntou se meu pai escuta muito essas coisas pois gosta de música clássica e vai muito à Sala São Paulo para os concertos da Osesp. Falei que ele gosta de Dire Straits e o pai do João falou “ahh, Rock Progressivo!” E eu pensei, hm, o que é Rock Progressivo…?

O Vini é completamente fã do David Gilmour.

Foram passar um final de semana em Nova Iorque especialmente para assistir ao show do cara no Madison Square Garden.

Eis que Vini e Victoria vêm em casa e, como costuma acontecer nas noites que nos reunimos, escutamos Pink Floyd, mais especificamente o David Gilmour.

Além disso, assistimos Pânico na TV, Lord Vinheteiro comparando pianos também. E o vídeo do Chad Smith e o Will Ferrell no Jimmy Fallon, idênticos, um clássico!

Adoro o Chad desde que eu e João assistimos ao vídeo dele no canal sobre bateria, Drumeo.

Rouba-montes

No final de semana fomos para a praia.

Sábado e domingo: sábado em São Paulo corri 3km em 20 minutos na rua e continuei com uma sessão de 15min de vinyasa yoga; domingo eu João e a irmã corremos na rua na praia da Baleia.

Foi muito gostoso, minha mãe conheceu a mãe do João e a mãe do João conheceu a minha mãe!!!!! Simm, que ocasião. Minha mãe e as crianças também se conheceram, foi ótimo. Meu coração encheu de felicidade de ver meu primo sentado na areia brincando com as crianças.

Foi também a primeira vez que a mãe do João foi com os netos para a praia. Foram muitas alegrias nesse final de semana. Um maravilhoso início de ano.

Gabriel contou das tecnologias que estão usando na para fazer lição de casa: ChatGPT, Photomath, para cada tema, tem uma.

E nas noites, assim como nos tantos Natais, Gabriel e Rogerinho esperavam a gente para jogar. Nesse Natal, meu irmão trouxe um jogo que chama Terraformar Marte. Eu, ele e os primos jogamos noite adentro. Foi muito divertido. Queríamos muito que meu irmão estivesse na praia para jogar com a gente de novo!! Tradição!!

Fiquei tão feliz de ver como isso é importante para meus primos também: o Rogerinho se programou, escolheu dois jogos para levar para a praia, pagou 100 reais para alugar com um amigo. E ainda: falou que escolheu um parecido, Brew, sobre trazer o equilíbrio de volta às florestas.

No Natal de 2023, dei um jogo para o Rogerinho e um dominó para o Gabriel: descobri que ele joga dominó como se fosse truco, chegam a quebrar as peças no entusiasmo!! Me diverti, porque não faço ideia de como jogar.

Eu não gostei do segundo jogo. Me irritei, tinha que mentir, fintar, e eu não estava a fim. Então logo partimos para o quê? O clássico: rouba-montes.

Engraçado que eu estou com mania de abrir a página do Le Monde e do Estadão várias vezes ao dia e um dia desses vi de relance uma manchete sobre como o Magnus Carlsen está contribuindo para flexibilizar os códigos das vestimentas dos jogos oficiais de xadrez. Achei interessante a matéria, afinal fala de roupas, de códigos, embora não tenha aberto para ler.

Eis que, na mesma semana, o Magnus Carlsen aparece nos vídeos do YouTube do João. Vimos ele jogando contra o maior do mundo. Os comentários do público do xadrez são muito cordiais, é entretenimento, os usuários voltam até para responder. O algoritmo foi TÃO LONGE que conseguiu reunir o Magnus Carlsen com um tema que o João sempre assiste: futebol. Sim. Temos um vídeo do Magnus Carlsen jogando uma pelada no Brasil.